sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

COMPROMETIDA, PORÉM LIVRE

Não, eu não quero ser tampa de panela nem metade de nenhuma laranja. Quero ser inteira.
Alguns clichês sobre o amor martelaram tantas vezes em nossas cabeças que nos deixaram tontos a ponto de acreditar em tolices no mínimo piegas e enfadonhas.

Romantismo é bom, eu gosto sim, mas daí a perder o individualismo é um caminho muito longo, no qual eu nem quero dar os primeiros passos. Que coisa mais chata essa de sanguessugar o outro e desfilar com coleira por aí. Isso pra mim não é amor, é dependência crônica.

Nem com toda a afinidade do mundo dois cidadãos irão concordar com todos os pensamentos, ter os exatos mesmos gostos, vontades, planos, necessidades, valores e cronogramas. É simplesmente impossível combinar em tudo, ao mesmo timing.

Ah, mas quem gosta concessões, certo? Claro, isso é preciso, saudável, gentil e maduro, desde que a concessão seja exceção e não regras ermeticamente fechadas para egoisticamente prender a pessoa amada e deixá-la infeliz sim, porém juntinho de você.

Pois eu acho que o bom mesmo é ser comprometida, porém livre para ser indivíduo individual, com personalidade própria, que escolhe estar com alguém simplesmente porque gosta pra caramba.

03/01/2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O TEMPO DE TUDO QUE TEM

Sabe aquele papo de “Tudo tem seu tempo”? Pois essa história você já ouviu tantas vezes da boca da sua avó, do seu melhor amigo e de tantos outros que queriam te consolar.

Você ouviu isso quando o telefone não tocou, quando você não conseguiu aquele emprego dos sonhos ou a tão esperada promoção. Você ouviu isso quando o óvulo não fecundou, quando a viagem não rolou ou quando a paquera não engatou em namoro. Você ouviu isso toda vez que sua ansiedade saiu em disparada e encontrou um obstáculo pela frente. Pode ser que você tenha levado apenas precisado desacelerar, mas pode ser que e você tenha levado um belo tombo com direito a sequelas, mas nada suficiente para fazê-lo aprender a segurar as rédeas do seu galope interior.
Tá, tudo bem, você pode até conseguir amansar um pouco o bicho com muita meditação, reflexão, yoga, sexo tântrico, mas não tem mantra que chegue para você aprender de vez a lição. Hora ou outra você se vê contrariado pela autoridade do tempo, que não respeita quereres, nem choros, nem velas.
O Senhor Tempo é dono do seu nariz e não se comove com data de aniversário, espírito de Natal, promessa ou greve de fome. Ele tem suas próprias regras e sua sabedoria é muito maior que nossa vã conscienciazinha pode entender.

27/12/2011