segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

BRANCA PÁGINA

Têm dias que são páginas em branco
Entediamente vãos
Desafiadoramente livres

Cores em jejum
Vácuo

Não tem verdade nem mentira
Preguiça de decidir
Não há vagas para julgamentos

Falta rumo, sobra vazio

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ESPONTÂNEO INSTANTÂNEO

Que seja eterno enquanto puro
Puramente espontâneo
Neurótico, atônito

Que valha à pena enquanto a vontade não é pequena
Atravesse mares e olhares atravessados
Atropelados na vastidão
Imensidão

Que o amor nasça para todos
E ao entardecer, a franqueza apareça
E leve embora o que não servir mais
Pero sin perder la ternura
Isso, jamais!